QUINTA, 14/02/2019, 19:24

Caso Iguaçu do Brasil tem novo episódio na justiça com a condenação do dono da construtora

Ministério Público quer recorrer da decisão que coloca o principal acusado a uma pena “branda” e absolve outros agentes denunciados. 

A justiça condenou novamente o dono da construtora Iguaçu do Brasil, Carlos Alberto Campos de Oliveira, mas absolveu os outros envolvidos na ação da construtora. 

A condenação poderá ser cumprida à partir do esgotamento de recursos, ou seja, até lá o réu pode aguardar em liberdade.

Acusado de estelionato o réu pode cumprir de acordo com a sentença da 5ª Vara Criminal de Londrina, três anos, 10 meses e 20 dias em regime semiaberto.

Essa condenação é referente às denuncias de golpes aplicados em pessoas que compraram imóveis em um condomínio na Gleba Jacutinga.

No ano passado o réu já havia sido condenado a quase 6 anos de prisão em regime fechado.

O caso repercutiu nacionalmente, cerca de 600 pessoas foram lesadas pela construtora. Os clientes que compravam as casas pagavam, mas a construtora dava golpe, não pagava terreno e os proprietários nunca conseguiam os imóveis pagos. O prejuízo foi de aproximadamente R$ 77 milhões. Os golpes começaram em 2012, e de acordo com o Ministério Público, os crimes eram comandados por Carlos Alberto de Oliveira, dono da construtora, ex-prefeito de Mandaguari, e Guidimar Guimarães.

De acordo com o promotor Jorge Barreto, essa decisão é em primeira instância, ou seja, cabe recurso. O MP vai recorrer a fim de pedir uma pena menos “branda”.

As 11 pessoas absolvidas pela justiça, entre elas Guidimar e Maurício Guimarães, no entendimento do Ministério Público também devem ser condenadas, já que não há maneira de Carlos Alberto ter agido sozinho no golpe.

Os advogados que representam Guidimar Guimarães e Maurício Guimarães se manifestaram por meio de nota: “A defesa de Guidimar Guimarães e seus filhos sempre confiou na Justiça. Estas acusações não possuem mínima razoabilidade. Guidimar tem um nome honrado e assim continuará. Como demonstrado jamais participou ou participaria de algo do gênero, pois em mais de 50 anos como empresário, sempre pautou sua conduta pelo respeito e a ética.” A nota foi enviada à nossa reportagem pelo advogado Rafael Soares que compõe o grupo de advogados de defesa Walter Bittar, Luiz Borri e Alessandra Peres.  

Nossa reportagem não conseguiu contato com Carlos de Oliveira ou seus advogados.

Comentários