TERCA, 07/05/2024, 10:45

CMTU republica licitação para modernização dos semáforos em Londrina; valor atual é R$ 5 milhões maior que o anterior

Companhia precisou corrigir pontos questionados pelo Tribunal de Contas do Estado, que chegou a suspender o edital no ano passado

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) continua com a intenção de contratar uma empresa para fazer a modernização e a manutenção dos semáforos em Londrina. O edital que prevê o serviço foi republicado este mês pela companhia, pouco mais de um ano depois de ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR). Em março do ano passado, o órgão de fiscalização apontou quatro irregularidades e determinou que elas fossem corrigidas antes de uma eventual republicação.

A principal delas envolveria uma exigência considerada indevida de atestados de capacidade técnica relativos a parcelas de menor importância do objeto da licitação. O segundo apontamento envolve a presença de especificações técnicas que, no entendimento do TCE, poderiam ter dificultado a ampla competitividade do processo e, consequentemente, diminuir a concorrência entre as empresas participantes.

As correções foram feitas pela companhia e a medida cautelar, que tinha suspendido o processo, foi derrubada pelo TCE em novembro do ano passado, quando o novo edital começou a ser formulado. A licitação tem valor máximo de R$ 24,6 milhões. São R$ 5 milhões a mais na comparação com o montante do edital antigo. Segundo a CMTU, o aumento considerável tem relação a correções baseadas na inflação dos últimos três anos.

Atualmente, Londrina conta com 280 pontos com sinaleiros e, de acordo com a companhia, todos eles serão atendidos. A ideia é automatizar os equipamentos e fazer com que eles funcionem de forma sincronizada, principalmente em trechos de maior movimento. A modernização também vem para otimizar o trabalho das equipes na manutenção dos semáforos e, assim, evitar que eles fiquem sem funcionar durante muito tempo.

A empresa contratada vai ficar responsável por substituir equipamentos obsoletos por modernos. A ideia é interligar todos eles à central da CMTU e formar um sistema integrado, que deverá funcionar de forma mais rápida e otimizada. Para isso, a terceirizada vai ter que ter um corpo robusto de funcionários, que vão atuar tanto na central como nas ruas, fazendo a substituição e a manutenção dos semáforos. O trabalho de campo vai precisar contar com um caminhão-plataforma e expediente diário, das 6h às 22h, além de um regime de plantão para o atendimento de ocorrências extraordinárias.

O edital prevê ainda a instalação de ao menos 600 dispositivos para melhorar a travessia dos pedestres e uma rede de sensores para o monitoramento de alagamento nas vias. Ou seja, os semáforos também vão ajudar a medir a altura dos alagamentos durante os temporais e, consequentemente, ajudar o poder público a identificar os pontos mais problemáticos.

As empresas interessadas têm até o próximo dia 20 para apresentar as propostas. Por enquanto, a CMTU não vai se manifestar.

Por Guilherme Batista

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