O corpo do cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador da Bahia foi sepultado nesta segunda-feira (28) na cripta da Catedral Metropolitana de Londrina. Dom Geraldo faleceu na madrugada do último sábado (26), aos 89 anos. Ele estava em internamento domiciliar e teve uma piora nos últimos dias. A saúde do cardeal se agravou em dezembro do ano passado, quando sofreu um AVC - Acidente Vascular Cerebral.

O velório de Dom Geraldo começou na manhã de domingo e desde então missas foram presididas a cada duas horas, inclusive na madrugada. A última foi a Missa de Exéquias, às 10 horas, com a presença de 17 bispos e arcebispos e dezenas de padres de todo o país.

O cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, falou do legado de Dom Geraldo que participou de momentos importantes e históricos da Igreja Católica.

A prefeitura de Londrina e o governo do estado do Paraná decretaram luto oficial de três dias pela morte de Dom Geraldo. Milhares de fiéis passaram pelo velório do cardeal. Antes da saída do cortejo que levou o corpo de Dom Geraldo para a cripta da Catedral Metropolitana de Londrina, onde já estão sepultados o primeiro e terceiro arcebispos da cidade, Dom Geraldo Fernandes e Dom Albano Cavalin, foram distribuídas 89 velas e 89 rosas brancas em alusão à idade do cardeal, 89 anos.

O arcebispo emérito de Salvador, Dom Murilo Krieger, veio para o funeral do cardeal e exaltou a simplicidade do cardeal.

Dom Geraldo Majella Agnelo nasceu no dia 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Dom Geraldo foi Bispo de Toledo, Arcebispo Metropolitano de Londrina, Arcebispo Primaz do Brasil em Salvador na Bahia e se tornou cardeal em 2001.

Dom Geraldo também foi presidente da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 2003 a 2007. Junto com Zilda Arns, fundou a Pastoral da Criança em 1983.

Dom Orlando Brandes, arcebispo metropolitano de Aparecida e que também foi arcebispo de Londrina falou da importância de Dom Geraldo e do trabalho desenvolvido dentro e fora da igreja.

Em carta registrada em cartório em março de 2020, o Cardeal expressou o desejo de ser sepultado em Londrina. O arcebispo da cidade dom Geremias Steinmetz acatou o desejo do Cardeal, que foi sepultado na Cripta da Catedral Metropolitana de Londrina.

Julia Bianconi, secretária pessoal de Dom Geraldo há mais de 40 anos e que o acompanhou nas mudanças de Londrina para Salvador, na Bahia e Roma na Itália falou da capacidade do cardeal fazer amizades por onde passava. Desde 2014, Dom Geraldo novamente adotou Londrina como moradia.

Apenas arcebispos, bispos, padres e a família de Dom Geraldo Majella Agnelo acompanharam o sepultamento. Em seguida, foi liberada a visitação do público à cripta da Catedral Metropolitana de Londrina.