TERCA, 25/06/2024, 13:45

Presidente de sindicato é preso em operação que investiga o desvio milionário de contribuições de funcionários da saúde de Londrina

Dois homens, foram presos, entre eles o presidente do sindicato patronal. A investigação apontou que cerca de R$ 3,6 milhões foram desviados entre 2016 e 2023

Durante Operação em Londrina, no norte do Paraná, a Polícia Civil cumpriu sete mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária nesta terça-feira (25). Dois homens foram presos e um ainda está foragido.

A operação tem a intenção de desmantelar uma associação criminosa que teria  desviado cerca de R$ 3,6 milhões de contribuições de funcionários de hospitais e clínicas privadas em Londrina e região. Entre os investigados estão os presidentes dos sindicatos patronal e laboral dos funcionários da área de saúde.

As investigações começaram em 2022 depois de uma denúncia. De acordo com a Polícia Civil, uma convenção coletiva de trabalho determinou a obrigatoriedade de desconto de até 20% do valor do vale-alimentação dos funcionários para subsidiar o pagamento de planos de auxílio assistencial.

De acordo com o delegado, Thiago Vicentini, a empresa contratada para oferecer esses serviços é de propriedade do presidente do sindicato patronal e de um terceiro. Os dois foram presos.  Vicentini revelou que entre janeiro de 2016 e março de 2023, essa empresa recebeu 860% a mais do que deveria, aproximadamente R$ 3,6 milhões, enquanto as despesas identificadas junto a uma grande seguradora somavam R$ 300 mil.  

A Polícia Civil também conseguiu o bloqueio das contas bancárias dos investigados e, se necessário, o sequestro de veículos e imóveis. O delegado ressalta que próximo passo é descobrir qual proveito o presidente do sindicato laboral teve, porque, pelas evidências coletadas, o dinheiro foi para a empresa de propriedade do presidente do sindicato patronal.

Os suspeitos podem ser indiciados por associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. De acordo com o delegado, milhares de trabalhadores da saúde, com exceção de médicos, foram lesados e pagaram valores indevidos.

A produção da CBN Londrina não conseguiu falar com nenhum representante dos dois sindicatos até o fechamento desta reportagem.

Por Juliana Takaoka

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