SEGUNDA, 03/08/2020, 15:10

15% consumidores paranaenses admitem não ter condições de honrar com compromissos

Famílias de maior renda também estão com dificuldades de quitar suas dívidas por causa dos efeitos da pandemia, segundo a Fecomércio

Aumentou o número de paranaenses que não conseguem pagar suas dívidas por conta da pandemia. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Fecomércio PR, mostra que 15% das famílias não têm condições de quitá-las. Apesar do volume de endividados estar praticamente estável no Paraná, com 90,0% em julho, a redução na renda das famílias está dificultando as condições de pagamento.  Esse índice teve alta de 44,0% quando comparado ao mesmo mês de 2019, quando 10,6% dos endividados do Estado não tinham condições de pagar seus débitos. Como informou o diretor da Federação, Ronaldo Rosalem.

Este endividamento atingiu também as familias com renda maior que mais de dez salários mínimos, que nunca tiveram tantas dificuldades para honrar seus compromissos financeiros.  É nesse grupo que , 95 possuem algum tipo de dívida e 15,6% admitem não ter condições de pagar, chegando ao maior índice de toda a série histórica. A queda ou ausência total de renda são os principais motivos da inadimplência.

Já entre as famílias que ganham menos de dez salários mínimos, o percentual de endividamento neste mês é de 88,8%, sendo que 14,9% dizem que não terão condições de pagar as contas em atraso. Também houve aumento na inadimplência nas classes C, D e E nos últimos meses, mas em proporção inferior à registrada entre as classes A e B.   O cartão de crédito é o principal tipo de dívidas dos paranaenses, com 69,9%.

Na sequência do endividamento estão o financiamento imobiliário, com 9,9% e o financiamento de veículo, com 9,8%, além dos carnês (4,2%), crédito consignado (2,4%) e crédito pessoal (2,4%).

Por Guilherme Marconi

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