QUARTA, 02/08/2017, 19:18

A Comissão de Ética da Câmara se reuniu nesta quarta-feira para analisar a defesa do vereador Filipe Barros no processo disciplinar que investiga supostas ofensas verbais contra sindicalistas

Na reunião, a Comissão também encaminhou uma solicitação do coletivo de sindicatos de Londrina pedindo a saída de Barros do Conselho Universitário da UEL.

O encontro dos membros da Comissão de Ética foi a portas fechadas. Na primeira reunião para analisar a representação contra o vereador Filipe Barros, os três integrantes da Comissão receberam a defesa do parlamentar no processo que apura supostas ofensas verbais de Barros a sindicalistas que participavam de uma manifestação durante a greve geral de 28 de abril deste ano. Segundo o presidente da Comissão, vereador Gérson Araújo, do PSDB, durante a reunião os vereadores também analisaram e encaminharam à Procuradoria Jurídica da Casa um pedido do Coletivo de Sindicatos de Londrina para que Barros deixe de ser o representante da Câmara no Conselho Universitário da UEL. 

Em relação ao processo disciplinar que investiga as supostas ofensas de Filipe Barros aos sindicalistas durante a manifestação de abril, o presidente da Comissão de Ética afirma que a defesa de Barros foi recebida pela Comissão e também já foi enviada à Procuradoria da Casa, que deve emitir um parecer nos próximos dias. Araújo não quis dar detalhes sobre a defesa do vereador, mas disse que o trabalho vai ser criterioso.

O coletivo de Sindicatos de Londrina critica a decisão da Mesa Executiva da Câmara, que encaminhou  a representação contra o vereador pelas supostas ofensas verbais à Comissão de Ética. A assessora jurídica do Coletivo, Luara Scalassara, alega que as representações feitas remetem ao artigo nono do Código de Ética da Casa e deveriam ser analisadas e votadas pelo Plenário.

A Assessoria da Câmara informou que o que a reivindicação do Coletivo de Sindicatos é antiga e que o caso já teve parecer contrário da Procuradoria da Casa. E completou informando que a Comissão de Ética tem poderes para rejeitar a representação e devolver a denúncia á Mesa Executiva para que, se for o caso, seja analisada de acordo com o artigo nono, que trata de procedimento incompatível ao decoro parlamentar e que pode resultar até em cassação. Os sindicalistas se queixam de favorecimento a Barros e dizem que o vereador tenta confundir a população.

O Coletivo de Sindicatos informou ainda que vai buscar o judiciário se a representação não deixar a Comissão de Ética e seguir para votação em Plenário, como eles defendem.

Tentamos falar sobre as acusações do coletivo de sindicatos com Filipe Barros, mas ele não atendeu nossas ligações. Um assessor do vereador informou que ele não comentaria o assunto.

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