QUINTA, 19/10/2017, 19:56

ACIL divulga Carta Aberta ao Governo Federal repudiando o aumento das alíquotas do PIS e da Cofins

Em texto duro, entidade afirma que não é possível penalizar mais o contribuinte, fala em inconsequência e pede o fim dos sacrifícios da sociedade a favor de um Estado perdulário e ineficiente.

Na Carta Aberta ao Governo Federal, a ACIL reage à proposta de aumento das alíquotas do PIS e da Cofins e afirma que basta de penalizar o contribuinte para compensar a perda de arrecadação por ineficiência e privilégios do estado. As duas contribuições são cobradas sobre o lucro das empresas e servem para pagar benefícios sociais. Juntas, as duas recolheram para os cofres públicos, só no primeiro semestre de 2017, mais de R$ 131 bilhões. O presidente da ACIL, Cláudio Tedeschi, diz que os gastos públicos só aumentam e o cidadão brasileiro já não suporta mais pagar essa conta com a elevação de impostos, taxas e tributos.

No documento, a ACIL afirma ainda que a perda de receita deveria ser enfrentada com um corte equivalente de despesas. E que o Governo tenta apenas transferir a responsabilidade do sacrifício para a sociedade, demonstrando insensibilidade com o setor produtivo e inconsequência em um momento no qual os primeiros sinais de retomada da atividade econômica já são sentidos. Para Tedeschi o momento é grave e pede, entre outras coisas, um enxugamento da máquina pública.

Na Carta Aberta, a ACIL destaca ainda que as distorções do sistema tributário brasileiro não devem ser corrigidas com mais aumento de impostos para compensar as perdas do que chamaram de arrecadação predatória.

O documento ressalta também que caso se confirme o aumento das alíquotas do PIS e da Cofins, a indústria, o comércio e os consumidores serão penalizados. Cláudio Tedeschi defende o fim dos privilégios e a elaboração de uma reforma tributária ampla.

A ACIL finaliza o documento pedindo um basta nas intervenções equivocadas na economia e nas falsas soluções simplistas. Pede respeito a quem gera renda e emprego e afirma que a sociedade não tolera mais se sacrificar por um Estado perdulário e ineficiente!

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