Um cenário econômico ainda fortemente impactado pela pandemia. Os dados do mês de novembro da ACIL continuam mostrando uma forte queda na quantidade de consumidores que teve o nome incluído no cadastro de inadimplentes. A redução no número de pessoas negativadas foi de 20% em relação ao mesmo mês de 2019.  

Já no acumulado de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, o percentual de consumidores que teve o nome incluído no cadastro de inadimplentes teve uma queda ainda mais expressiva, ficou 37% menor.

O que deveria ser um dado extremamente positivo, se fosse outro momento, explica o consultor econômico da ACIL, Marcos Rambalducci, é na verdade reflexo da queda drástica nas vendas do varejo ao longo de praticamente todo o ano. Mas também abre possibilidades, diz Rambalducci, de vendas para o varejo, já que mais gente passou a ter possibilidade de acessar crédito.

O consultor econômico da ACIL afirma ainda que, por outro lado, os pagamentos e renegociações de dívidas para tirar o nome da lista de negativados, que em outubro teve resultados positivos, não se repetiu em novembro.

No mês, o levantamento mostrou que 23% menos consumidores conseguiram limpar o nome, e no acumulado do ano, o indicador da ACIL continua negativo em mais de 30% na comparação com 2019.

Rambalducci explica que, nesse caso, a culpa é do desemprego alto e a consequente queda no volume de recursos que circulam na economia local com o 13º salário, além da redução pela metade do valor do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal.