QUARTA, 13/09/2017, 19:18

Advogado afirma que índios kaingangs já invadiram quatro áreas da fazenda Tamarana

A mais recente foi ocupada na quarta-feira. Defesa do dono da propriedade vai pedir a reintegração de posse do espaço.

Representantes das Polícias Militar e Federal, do Ministério Público, da Funai, da Sociedade Rural do Paraná e da Copel se reuniram para discutir a situação da invasão de índios kaingangs à Fazenda Tamarana. Eles invadiram a propriedade particular nesta quarta-feira. Segundo o diretor jurídico da Sociedade Rural do Paraná e advogado do dono da fazenda, Sebastião Ferreira, esta é a quarta área invadida pelos índios na propriedade. Ele explica ainda que a fazenda tem um interdito proibitório, desde 2009, que impedia a entrada dos indígenas na terra. Mas, a decisão judicial foi desrespeitada. Diante disso, a defesa entrará com um pedido de reintegração de posse da área.

Os índios reclamam também do corte de energia elétrica na aldeia. Um representante Copel informou que existe uma dívida na companhia, mas que o fornecimento não foi interrompido por esse motivo e sim, por causa de um problema técnico. A Sociedade Rural do Paraná, por meio do presidente Afrânio Brandão se dispôs, inclusive, a pagar a dívida, em troca da desocupação da área, que é altamente produtiva.

De acordo com o chefe da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Londrina, Marcos César da Silva Cavalheiro os índios alegam que faltam 800 hectares de terra para completar seis mil de reserva indígena. Eles não concordam com a medição oficial, feita pelo governo do estado, em 2015, que revela que a área já está completa.

O capitão Ricardo Eguedis afirma que a Polícia Militar apenas acompanha o caso, já que, em caso de cumprimento de reintegração de posse, a responsabilidade é da Polícia Federal.

Na aldeia Apucaraninha vivem cerca de dois mil índios.

Por Claudia Lima

Comentários