SEXTA, 27/11/2020, 09:22

Agepar congela possível aumento nas tarifas de pedágio de Londrina e região por 60 dias

Decisão proíbe Econorte, Rodonorte e Viapar de praticarem reajuste anual dos valores, que, normalmente, é feito em dezembro. Deputado londrinense comemora decisão, mas lembra que foco agora precisa estar voltado para os próximos contratos.

A Agepar, Agência Reguladora do Paraná, responsável por fiscalizar os contratos de pedágio no estado, suspendeu nesta quinta-feira os reajustes das tarifas nas praças administradas pelas concessionárias Econorte, Rodonorte e Viapar, que atendem, principalmente, rodovias de Londrina e região. O congelamento vale por 60 dias. Com a decisão, as empresas não vão poder praticar o reajuste anual dos valores, que, normalmente, é feito em dezembro. Para este ano, o aumento previsto seria de 4,5%.

A suspensão foi estabelecida pelo conselho diretor da Agepar, que informou que o reajuste pode ser afetado por uma análise técnica em andamento, e que é preciso esperar pela conclusão deste levantamento antes de autorizar o aumento no valor das tarifas. A agência garante ainda que a decisão foi tomada em uma reunião virtual que contou com a presença de representantes das três concessionárias. Até o momento, nenhuma das empresa se manifestou sobre o assunto.

Com os reajustes temporariamente suspensos, as tarifas devem continuar as mesmas pelo menos durante os próximos meses. Na praça da Jataizinho, na BR-369, por exemplo, o motorista vai continuar pagando R$ 24,60. Já em Arapongas, na mesma rodovia, a tarifa custa R$ 10,80.

O deputado estadual londrinense Tercílio Turini, que sempre acompanhou de perto a discussão sobre os contratos de pedágio, comemorou a decisão da Agepar, e destacou que ela só reflete os problemas registrados no atual modelo de concessão, marcado, conforme o parlamentar, pelo esquema, já denunciado à Justiça, de cobrança e pagamento de propina envolvendo agentes públicos e os representantes das concessionárias.

Apesar disso, Turini lembrou que, agora, o foco da discussão precisa se voltar para os novos contratos de pedágio. Ele destacou que daqui a exatamente um ano, em 27 de novembro de 2021, o atual modelo vence, e que é preciso exigir que o próximo seja mais eficiente e benéfico aos usuários.

 

Por Guilherme Batista

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