QUARTA, 06/06/2018, 19:39

Além do tradicional quentão e da canjica, para muita gente festa junina é sinônimo de fogos de artifício

É, mas os especialistas alertam para um aumento dos acidentes nos últimos anos e afirmam que a cada dez pessoas acidentadas pelo menos uma teve um membro amputado.

O mês das tradicionais quadrilhas, quermesses e de muita comida boa. Mas, um dos personagens principais das festas juninas, pra muita gente, também são os fogos de artifícios. Cada vez mais coloridos e cheios de surpresas, eles deixam o céu iluminado e a festa mais animada. Mas os números mostram que é preciso ter muito cuidado, para que a brincadeira não se transforme em tragédia.

O ortopedista Paulo Yoshii, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, afirma que os dados da entidade revelam um aumento no número de vítimas de acidentes com fogos de artifícios. Uma em cada dez pessoas que manuseou fogos de artifício teve um de seus membros superiores amputados. Os números também mostram que as crianças são as principais vítimas.

O cirurgião conta que os casos mais comuns envolvem queimaduras, lesões nos olhos e até perda de audição. Mas nem sempre é assim. Ele explica que, em boa parte dos acidentes, as consequências de uma explosão, principalmente para as mãos, podem ser irreversíveis.

Segundo o especialista, 83% dos casos ocorrem com homens. O ortopedista orienta que, em caso de acidente, a pessoa procure imediatamente atendimento médico e não passe nenhum produto no local.

Para passar pelas festas juninas sem susto, ai vão algumas dicas. Só compre o produto em lojas especializadas e certificadas. Escolha os menos explosivos e de fácil manuseio e não se esqueça de conferir o certificado de garantia do produto. Outra dica importante é escolher fogos que venham com a base de encaixe para o chão. Fique sempre a uma distância de pelo menos 30 metros e nunca faça experiências ou altere o produto. E a dica principal, as crianças devem sempre ficar longe dos fogos de artifício.

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