Apesar de avanço tímido, confiança do industrial paranaense cresceu pelo quinto mês seguido
Pesquisa da Fiep que cenário econômico e ambiental tem influenciado na expectativa do setor quanto a retomada do ritmo de produção.
De acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresentou um novo avanço no mês de agosto e ficou em 66,4.
O resultado aponta para um patamar otimista, acima dos 50 pontos. Apesar disso, a variação foi de apenas três décimos acima da taxa registrada em julho. Para o economista da entidade Evânio Felippe, o pequeno crescimento pode ter sido influenciado por alguns elementos que compõem o indicador, como a expectativa do setor, que registrou queda e fechou o mês com 68,6 pontos.
Ele considera que alguns fatores estão relacionados a esta mudança. Entre eles, o aumento da taxa básica de juros, que pode comprometer, inclusive, a capacidade de investimento da indústria e enfraquece a confiança deste segmento, assim como a previsão de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo do estimado.
Além disso, o cenário ambiental que o estado vive, com estiagem prolongada e aumento no número de queimadas pode ter contribuído para a desaceleração do indicador. De acordo com Felippe, a necessidade de preservação de recursos naturais pode desacelerar o ritmo de produção industrial.
Este fator, somado à redução das demandas e a demora para o recebimento de matérias-primas também tem afetado a taxa de desemprego no Brasil. O economista aponta que este cenário também impacta a visão do empresariado em relação a uma retomada econômica consistente do setor.
Apesar disso, de acordo com a sondagem industrial paranaense realizada pela Fiep, quase 90% dos entrevistados responderam que o volume de produção seguiu estável ou superou as expectativas para o mês de julho.
O levantamento aponta ainda que nenhum empresário que participou da pesquisa sinalizou a possibilidade de demitir trabalhadores pelos próximos seis meses. 79% deles esperam manter o quadro de funcionários e 21% devem contratar novos colaboradores.