TERCA, 17/07/2018, 19:53

Após divulgação de conversa, advogados de defesa da Comissão Processante da ZR3 pedem investigação contra vereador Filipe Barros

Mensagens mostram que assessor do parlamentar sabia que Rony Alves e Mário Takahashi iriam ser alvos de operação do Ministério Público meses antes de caso vir à tona.

A ata pública notarial apresentada pela defesa do vereador afastado Mário Neto Takahashi à Comissão Processante da ZR3 pode dar base a uma possível investigação da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Londrina contra o vereador Filipe Barros. O documento é formado por conversas em que o assessor de Barros, Daniel Germanovix, aparece comentando sobre a Operação ZR3, do Ministério Público, que denunciou Takahashi e o também parlamentar afastado Rony Alves por participação no suposto esquema de corrupção que cobrava propina de empresários pra aprovação de mudanças de zoneamento.

O problema, segundo os advogados de defesa, é que o assessor citou a investigação, definida por ele como “bomba” nas conversas, em outubro do ano passado, meses antes de o caso vir à tona. Para Anderson Mariano, que defende o vereador Mário Takahashi, a troca de mensagens prova que o assessor e, por consequência, Filipe Barros, ficaram sabendo das investigações com antecedência e, a partir de então, se planejaram pra tirar proveito da situação.

Numa outra troca de mensagens, registrada no dia 1º de fevereiro deste ano, o assessor dá a entender que articulou um protesto contra Rony e Takahashi na Câmara, dizendo que levou mais de 200 pessoas ao prédio pra pedir a cassação dos vereadores. Para o advogado de defesa, tudo indica que o assessor sempre agiu a pedido de Filipe Barros, que, de acordo com ele, premeditou o pedido de abertura de CP contra os colegas pra se promover politicamente.

A Comissão Processante deve encaminhar a ata e os argumentos dos advogados à Comissão de Ética, que ainda não sabe quando vai se reunir para analisar o caso, já que, atualmente, a Câmara está em recesso e só volta aos trabalhos no mês que vem. A CBN também tentou contato com o vereador Filipe Barros, mas ele não atendeu às ligações. A informação é a de que o parlamentar estaria viajando. O assessor dele, Daniel Germanovix, ouvido pela Comissão Processante da ZR3 na segunda-feira, preferiu não se manifestar, assim como o Ministério Público, que trata todo o impasse como uma situação interna do Legislativo.

Por Pauta CBN

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