SEGUNDA, 27/09/2021, 18:15

Após Governo do Estado priorizar ensino presencial, prefeitura de Londrina estuda manter retorno facultativo na rede municipal

Por outro lado, Sindicato das Escolas Particulares orienta que pais busquem instituições de ensino para avaliarem casos individualmente.

Com a publicação da nova resolução da Secretaria de Educação do Paraná (Seed), na última quinta-feira (27), que estabelece a retomada das aulas presenciais como prioridade nas escolas públicas e privadas do estado, pais de alunos se mobilizaram em um abaixo-assinado, pedindo que o retorno às atividades continue sendo facultativo, ou seja, os responsáveis é que decidiriam pela volta dos estudantes às salas de aula. De acordo com o documento, no entanto, as instituições devem ofertar a modalidade do ensino remoto para aqueles que apresentam algum tipo de comorbidade ou estão quarentena.

O prefeito Marcelo Belinati, em coletiva na manhã de segunda-feira (27), afirmou que tem estudado, junto às secretarias de Saúde e Educação, um modelo que possa garantir o direito de escolha dos pais. Ele destaca que o momento ainda é delicado e avalia que a vacinação de adolescentes precisa avançar.

Na rede privada, segundo Alderi Ferraresi, presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Norte do Paraná (Sinepe), a orientação é para que cada instituição administre de forma individual os casos de famílias que não se sentem à vontade com o retorno presencial dos filhos, com o intuito de garantir que o atual ano letivo não seja comprometido. Ele avalia que adequações mais profundas podem ser definidas para 2022.

O professor considera que é preciso lidar com as limitações causadas pela pandemia, mas que o retorno às atividades presenciais garante que o aprendizado dos alunos seja mais efetivo. Segundo Ferraresi, os protocolos de prevenção à Covid-19 já são aplicados pelas unidades e a nova resolução da Seed não traz preocupação para as escolas particulares.

Na última semana, o sindicato que representa os professores da rede estadual de ensino em Londrina se posicionou contra a nova medida, entendendo que é um direito da família optar pelo modelo remoto. Na avaliação da entidade, seria necessário a imunização de 70% da população, incluindo pessoas de 12 a 17 anos, para que as aulas presenciais fossem retomadas de forma segura.

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