TERCA, 03/05/2022, 16:11

Após pedido de médicos e enfermeiros, Secretaria de Defesa Social determina que guardas municipais façam serviço de vigilância no PAI, em Londrina

Pelo menos um agente vai estar à disposição na unidade todos os dias, das 14h até a meia-noite. Equipes reclamam de agressões verbais por parte dos usuários e da presença constante de moradores de rua no prédio.

A Secretaria Municipal de Defesa Social atendeu pedido feito pelas equipes médicas do Pronto Atendimento Infantil (PAI) e determinou que a Guarda Municipal volte a fazer o serviço de vigilância da unidade de saúde. Pelo menos um agente vai estar à disposição no prédio todos os dias, das 14h até a meia-noite, horário em que o movimento de pacientes é maior.

De acordo com a secretaria, o reforço na vigilância já entrou em vigor, além do patrulhamento por parte das viaturas no entorno do prédio, que fica na rua Benjamin Constant, no centro da cidade.

Em comunicado assinado por médicos e enfermeiros do PAI, as equipes descrevem que o local passou a ser palco de muitos tumultos e invasões nos últimos meses. A interferência por parte dos usuários, inclusive nos consultórios, segundo os profissionais, estaria atrapalhando o fluxo de atendimento. Eles também reclamam das agressões verbais proferidas por pais e mães e da presença constante do moradores de rua e usuários de drogas, que costumam se esconder na unidade após cometer furtos na região e até abordar os usuários. Os andarilhos, segundo o comunicado, também teriam vandalizado um dos banheiros da unidade e até assediado algumas mães.

A Secretaria de Defesa Social espera que a presença fixa dos guardas ajude a acalmar os ânimos na unidade e, principalmente, aumentar a sensação de segurança de profissionais e usuários. O serviço de vigilância vai ser prestado pela Guarda Municipal no prédio por tempo indeterminado.

A prefeitura também dá andamento ao processo de licitação que visa contratar 1.920 horas médicas para as escalas de plantão do Pronto Atendimento Infantil, que, durante todo o mês passado, registrou inúmeras situações de superlotação. Nas últimas semanas, o processo de trabalho também passou a contar com o reforço de médicos residentes, mas, dependendo do dia, pais têm precisado esperar até seis horas por atendimento para os filhos.

Durante sabatina na Câmara Municipal no mês passado, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, reconheceu as dificuldades do poder público na contratação de pediatras ao longo dos últimos anos, e garantiu que, apesar disso, tem trabalhado para melhorar o atendimento na unidade de saúde.

Por Guilherme Batista

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