A Prefeitura de Londrina precisou esperar cerca de dois meses para retomar o serviço de micropavimento na cidade. Durante o período, o Cindepar, consórcio intermunicipal responsável pelo sistema, precisou passar por uma grande reformulação. Foram afastadas do órgão pessoas ligadas ao grupo que, segundo investigações do Ministério Público, fraudava processos e contratos ligados ao consórcio. O ex-presidente do Cindepar e ex-prefeito de Astorga, Arquimedes Ziroldo, foi preso em setembro acusado de comandar o suposto esquema de corrupção.

A organização foi desbarata pela Operação Alavanca, que, na época, cumpriu quatro mandados de prisão e doze de busca e apreensão em Londrina, Pitangueiras, Rolândia e Astorga, cidade onde fica a sede do Cindepar.

O secretário de Obras, João Verçosa, garantiu, em entrevista coletiva nesta terça-feira, que nenhuma das fraudes desvendadas pelo Ministério Público envolveu o serviço realizado em Londrina nos últimos meses. Tanto é que o micropavimento voltou a ser executado na cidade nesta semana.

Segundo o secretário, os trabalhos estão sendo feitos em ruas do jardim Santa Rita, na zona oeste. Outros bairros da região também devem receber o serviço nas próximas semanas, conforme explicou Verçosa.

O serviço atual faz parte da segunda etapa do que foi acordado com o Cindepar há cerca de dois anos, quando a cidade passou a receber o micropavimento. O contrato atual já atendeu bairros da zona sul, como o conjunto União da Vitória, e prevê a execução do serviço em 463 mil metros quadrados de asfalto. O custo gira em torno dos R$ 5 milhões.