TERCA, 15/01/2019, 17:42

Após queda em 2017, Londrina sofre nova baixa no ranking de 2018 das melhores cidades brasileiras para se investir

Presidente do Fórum Desenvolve Londrina afirma que a cidade foi bem avaliada em vários quesitos, mas ainda peca por não ter um planejamento de longo prazo.

O “Ranking das Melhores Cidades para Fazer Negócios”, feito anualmente pela consultoria Urban Systems, foi divulgado no fim do ano passado. O levantamento aponta as cidades mais atrativas do país para se fazer investimentos e se baseia em quatro indicadores: desenvolvimento econômico, capital humano, desenvolvimento social e infraestrutura.

No ranking de 2018, Curitiba foi a 7ª do país e a primeira do Paraná. Maringá subiu seis posições, ocupava o 15º lugar e foi para o nono.  Londrina, que em 2016 estava em 25º lugar, caiu para 34º em 2017, e agora ocupa a 40º posição do país, foi ultrapassada até por Cascavel.

Dos quatro indicadores do ranking, a cidade registrou alta considerável no desenvolvimento social. Não aparecia entre os cem primeiros em 2017 e agora pulou para a 48ª posição. No quesito infraestrutura, Londrina também subiu. Saiu de 59º para 46º lugar.

O problema está no indicador desenvolvimento econômico. A cidade está fora do grupo dos cem primeiros há dois anos. Antes disso esteve na posição de número 71.

Cláudia Romariz, presidente do Fórum Desenvolve Londrina, que reúne 38 entidades representativas da cidade, avalia que o ranking não foi de todo ruim para o Município e que o fato de outras cidades da região estarem com bons indicadores, cria um ambiente positivo também para Londrina.

Romariz afirma que o Município foi mal avaliado apenas em alguns quesitos relacionados ao indicador de desenvolvimento econômico, como o saldo de empregos e o crescimento empresarial.

A presidente do Fórum avalia que a cidade, apesar dos bons indicadores em vários quesitos, não tem um planejamento de longo prazo, de décadas, que indique, por exemplo, algumas vocações naturais da cidade e possíveis caminhos a seguir.

Cláudia Romariz avalia que falta unidade, um esforço conjunto dos diversos setores na hora de definir esse planejamento estratégico, e cita Maringá como exemplo disso. A presidente do Fórum Desenvolve Londrina, cita a área de Tecnologia da Informação, além da economia criativa e as startups, como segmentos que mereceriam mais atenção.

O diretor de Desenvolvimento Econômico da Codel, Atacy de Melo Júnior, afirma que o ranking traz alguns dados antigos, como no caso do PIB per capita e do saldo de empregos, e que acabaram refletindo no resultado final.

O diretor da Codel afirma que a Prefeitura vem trabalhando para reverter a situação e criar um ambiente favorável à chegada de novas empresas. Atacy de Melo cita a revisão da legislação municipal para o setor, que está em andamento, e a criação da cidade industrial como dois projetos que devem auxiliar na retomada do desenvolvimento no Município.

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