A maior parte das apreensões aconteceu na jurisdição da delegacia da Receita Federal de Foz do Iguaçu, que compreende toda a fronteira do Paraná com o Paraguai e chega até Guaíra. O valor total das apreensões na região da fronteira chegou a R$ 170 milhões, quase metade do total de todo o estado no período, que foi de R$ 342 milhões. O resultado é 20% maior que o registrado no mesmo período de 2019.

O auditor fiscal da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Superintendência Regional da Receita Federal, Sérgio Lorente, afirma que o aumento das apreensões no primeiro semestre, em todo o estado, é resultado de planejamento e inteligência.

Mas, o auditor fiscal diz também que esse crescimento surpreendeu os técnicos da instituição, por conta da pandemia e da estagnação econômica generalizada no país, que deveria se refletir também na entrada ilegal de produtos pela nossa fronteira.

E o recordista de apreensões continua sendo o cigarro. Em todo o país o produto respondeu pelo maior valor entre as mercadorias apreendidas. Foram quase R$ 180 milhões, ou mais de 52% das apreensões no Brasil no primeiro semestre.

E o Paraná foi responsável por quase 25% desse total. O auditor fiscal explica que não houve mudanças nas estratégias usadas pelos contrabandistas de cigarros, que se utilizam basicamente de três maneiras para entrar com as mercadorias no país.

Só no primeiro semestre, as apreensões dos mais diversos tipos de produtos contrabandeados pela Receita federal, em todo o território nacional, somaram R$ 1,38 bilhão.

O auditor fiscal diz ainda que em segundo lugar no ranking das apreensões aparecem os aparelhos eletrônicos e equipamentos de informática.

Além da Receita Federal, boa parte das apreensões de mercadorias contrabandeadas no estado teve a participação das forças de segurança pública.