SEGUNDA, 16/07/2018, 06:20

Atendimento rápido pode ser a diferença entre a vida e a morte no caso de um AVC

Protocolo informatizado implantado por hospital da cidade também reduz significativamente os riscos de sequelas nos pacientes.

Um atendimento rápido, que prioriza a atenção imediata ao paciente que teve o AVC. Em quatro horas e meia todo o protocolo deve estar concluído, desde a identificação dos sintomas pelos familiares, a entrada no Pronto-Socorro, até o fechamento do diagnóstico e o início do tratamento.

O neurologista Leonardo Valente, afirma que com o protocolo, implantado em 2016 pelo Evangélico, todos os setores da unidade envolvidos com o AVC são imediatamente acionados quando o paciente chega à unidade. Em 40 minutos é feita a tomografia e em 45 minutos já se tem o laudo com a identificação se é isquêmico ou hemorrágico, para então iniciar o tratamento.

O AVC ocorre por uma alteração da circulação sanguínea em parte do cérebro e pode ser isquêmico, quando falta sangue, ou hemorrágico. Um dos poucos hospitais de Londrina com esse tipo de procedimento, o Evangélico já colhe os primeiros resultados da iniciativa. O médico diz que respeitando os prazos estabelecidos no protocolo, as sequelas são raras. O neurologista explica ainda que são duas frentes de atuação para o tratamento do AVC.

E o corpo vai dando mostras do problema, como a dificuldade em falar ou responder a comandos simples, a boca torta, dor de cabeça intensa, falta de força nos braços e pernas, além de confusão mental.

Leonardo Valente afirma que o ideal é que toda a população saiba o que fazer, já que o AVC pode se manifestar a qualquer hora e em qualquer lugar. O hospital tem inclusive um projeto para levar informações sobre a doença para estudantes do ensino fundamental e médio.

E para tentar sensibilizar as pessoas sobre o tamanho do problema, o Hospital montou uma tenda em frente à unidade para conferir a pressão e informar as pessoas sobre os sinais de um AVC. Os números da doença chamam a atenção. Todos os anos são 17 milhões de casos no mundo todo e 6,5 milhões de mortes. O neurologista explica que, apesar das estatísticas, a resposta ao tratamento é altamente satisfatória. O fundamental é reconhecer os sintomas rapidamente.

Os números mostram que 90% dos AVCs tem como causa 10 fatores de risco, entre eles a hipertensão, o tabagismo, o alcoolismo, o diabetes mellitus, o estresse e a depressão, além da alimentação desregrada, do sedentarismo, da obesidade e do colesterol alto.

Comentários