Audiência Pública na Assembleia discute fim da vacinação contra aftosa no Paraná
Presidente da Comissão de Agricultura da Casa avalia que novo status é uma grande oportunidade para o estado ampliar comércio exterior e chegar a mercados que pagam mais pela carne.
Com o tema “O Paraná livre de febre aftosa sem vacinação”, a Audiência Pública realizada no plenário da Assembleia, na manhã desta quarta-feira, reuniu mais de 1.500 pessoas, entre líderes sindicais, produtores rurais, empresários e técnicos da área no plenário da Alep. A audiência, proposta pelo deputado Anibelli Neto, do MDB, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Casa, contou também com a participação do secretário Estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, e do Chefe da Casa Civil, Guto Silva.
O deputado diz que durante o encontro foram anunciados investimentos para fortalecer o sistema estadual de defesa agropecuária, como o concurso para contratação de 30 médicos veterinários e 50 técnicos agrícolas. Segundo Anibelli Neto, a audiência é parte de um processo que começou há quase três meses, com reuniões semelhantes realizadas em outras cidades do estado, e que envolve uma série de instituições públicas e privadas ligadas à área.
O deputado explica que o novo status representa uma grande oportunidade para o Paraná ampliar seu comércio exterior e chegar a mercados mais exigentes e que pagam preços maiores pela carne.
No ano passado, auditores do Ministério da Agricultura atestaram que o sistema de sanidade agropecuária do Paraná seria o mais eficiente do Brasil, com índices superiores aos de Santa Catarina, único estado que, atualmente, tem o reconhecimento como área livre de aftosa sem vacinação.
Segundo Anibelli Neto, uma nova auditoria do Ministério deve ser realizada já no início de setembro e, se tudo der certo, o estado poderia fechar suas fronteiras e a vacinação de novembro ser suspensa imediatamente.
De acordo com o parlamentar, com a confirmação do Ministério de que o Paraná está livre do vírus da aftosa, o próximo passo seria a aprovação pela Organização Mundial de Saúde Animal.
Tentamos falar com o diretor administrativo financeiro da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni, que participou da Audiência Pública, mas até o fechamento da reportagem não conseguimos retorno.