QUARTA, 15/08/2018, 09:56

Audiência Pública na Câmara discutiu a questão de gênero nas escolas.

Um grande número de pessoas participou do debate, opinando sobre o assunto

O assunto polêmico atraiu a atenção de mais de 400 participantes. Uma tenda armada fora da Câmara com um telão abrigou 150 pessoas. As demais ocuparam as galerias, numa reunião bastante tumultuada.

Durante quase quatro horas de debate, 41 pessoas, representantes de entidades, igrejas, instituições de ensino e a população em geral, se pronunciaram sobre o assunto.

O projeto de Lei do vereador, Filipe Barros (PSL), sugere a proibição de atividades pedagógicas, que visem a reprodução do conceito de ideologia de gênero na grade curricular das escolas públicas e na rede particular de ensino.

O objetivo, segundo o vereador é que não haja doutrinação sobre assuntos que são escolhas pessoais e individuais.

O projeto também entende que as instituições de ensino devem se ater, prioritariamente aos assuntos didáticos.

Na sessão desta terça-feira, o vereador usou a tribuna para criticar os grupos contrários ao projeto.

O debate teve a participação de representantes de três comissões da Câmara: Educação, Cultura e Desporto, de Defesa dos Direitos do Nascituro, da Criança, do Adolescente e da Juventude, e de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania.

Durante a audiência foram encaminhadas 13 sugestões para o projeto. Desse total, 11 são pedidos de arquivamento. Os interessados tinham prazo até às sete horas da noite de ontem (terça-feira) para apresentar sugestões que serão analisadas pelas comissões. As sugestões podem se transformar em emendas para o projeto. Até o final da sessão, por volta das seis e meia da tarde, a Câmara recebeu 49 encaminhamentos de apoio ao projeto.

Segundo o vereador Amauri Cardoso (PSDB), presidente da Comissão de Educação e coordenador da Audiência Pública, o assunto é delicado, mas precisa ser debatido nas escolas.

O projeto agora passa pelas Comissões e deve voltar ao plenário para votação em duas semanas.

Comentários