TERCA, 20/08/2019, 11:31

Auxiliar de enfermagem que agrediu paciente na UPA pode responder até por cárcere privado e tortura

Polícia Civil investiga o caso e o Conselho Regional de Enfermagem emitiu uma nota de repúdio a conduta do profissional

O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren/PR) se manifestou com relação ao fato ocorrido na noite de domingo, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro Oeste, que fica no Jardim do Sol. Um auxiliar de enfermagem deu um tapa no rosto de um paciente, que estava com um braço enfaixado. Ele alega que o rapaz estava mexendo em objetos dos consultórios e salas da unidade. Depois, o vídeo feito por outro paciente que aguardava atendimento, mostra os dois dentro de uma sala e se ouve gritos de possíveis agressões.

Em nota enviada à imprensa, o Coren “informa que é contra qualquer tipo de violência, seja ao usuário ou ao profissional da saúde. Também informa que, até o momento, não recebeu comunicação formal sobre o ocorrido”

A nota diz ainda que vai abrir denúncia para averiguação prévia. “Após apuração, a denúncia é encaminhada à plenária do Coren/PR para ser julgada a admissibilidade com abertura, ou não, de processo ético”. Essa investigação “pode gerar sanções como advertência verbal, censura, multa, suspensão ou cassação do registro profissional”.

Logo que soube do ocorrido, o prefeito Marcelo Belinati solicitou o afastamento do servidor público e pediu a abertura de uma apuração interna para que o responsável seja punido.

A Polícia Civil também investiga o caso. Segundo o delegado Silvio Cardoso, o rapaz agredido já prestou depoimento e contou a versão dele. O paciente vai fazer exame de corpo de delito nesta terça-feira no Instituto Médico Legal (IML) de Londrina. Ele afirma ter ficado por 30 minutos apanhando dentro da sala no domingo à noite. Testemunhas vão ser ouvidas antes do agressor, que pode responder até pelos crimes de cárcere privado ou tortura.

Por Claudia Lima

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