O inquérito que tramitava no STJ e investigava o Governador por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa 2 já estava suspenso temporariamente por uma liminar concedida em dezembro do ano passado pelo ministro Gilmar Mendes.

Na nova decisão, o ministro entendeu que a delação premiada do ex-auditor da Receita Estadual, Luiz Antônio de Souza, foi homologada por um juiz de primeira instância, desconsiderando o foro privilegiado do governador.

De acordo com Gilmar Mendes, o acordo só poderia ser validado pelo STJ, onde tramitam os processos contra governadores. Os ministros da Segunda Turma do Supremo acompanharam o voto de Mendes e por maioria decretaram a nulidade da delação e o arquivamento do inquérito.

Questionado sobre o assunto durante entrevista coletiva na sede do Iapar, onde entregou viaturas para o Instituto, Beto Richa desabafou e disse que ninguém mexe com a honra dele e da família.

Segundo a investigação, parte do suborno teria sido repassado à campanha de Richa para o Governo do Estado em 2014. O processo só poderá ser retomado se surgirem fatos ou elementos que justifiquem um novo inquérito.

Durante a entrevista o Governador também falou sobre eleições e disse que na segunda-feira anuncia sua decisão sobre concorrer ou não em outubro.