QUINTA, 31/01/2019, 11:35

Bióloga esclarece que macacos não são culpados pelos casos de febre amarela

Ela afirma que os animais são vítimas dos mosquitos transmissores assim como os seres humanos

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou o primeiro caso de febre amarela no Paraná. Trata-se de um jovem de 21 anos que está no Hospital Regional do Litoral, que apresenta um quadro moderado e estável. A secretaria também confirmou a notificação de outros 29 casos, que estão sob investigação.

E a desinformação, muitas vezes, faz com que as pessoas fiquem com medo de serem contaminadas por macacos, que não passam de vítimas assim como os humanos. Karynna Tolentino, bióloga e analista de projetos ambientais da Fundação Grupo Boticário de Proteção a Natureza explica os animais contraem o vírus, ficam doentes e morrem como os homens e as mulheres. Por isso, a preocupação de contágio é desnecessária.

A forma de prevenção é a mesma adotada contra a dengue. Evitar água parada para afastar a proliferação dos mosquitos Aedes Aegipty e Aedes Albopictus. A população de maior risco à exposição ao vírus é a que reside em áreas rurais, de matas, ou que costume frequentar áreas silvestres, tanto por trabalho quanto a turismo.

A bióloga explica que não é possível diagnosticar e tratar a doença nos macacos. Normalmente, só se sabe que eles estão com febre amarela depois de encontrados mortos e por meio de resultados de exames.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 116 supostos casos estão sendo analisados em 16 estados brasileiros. Algumas secretarias já começaram alertas de vacinação contra a febre amarela.

Por Claudia Lima

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