Câmara arquiva representação do MBL contra Marcelo Belinati
Prefeito era acusado de improbidade por reajustar o próprio salário
A Mesa Diretora da Câmara de Vereadores arquivou a representação feita por dois integrantes do Movimento Brasil Livre contra o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, e seu vice, João Mendonça. A acusação de Douglas Ribeiro Souto Junior e Maiara Piva era de improbidade administrativa, pelo prefeito ter publicado um decreto no qual reajustava o próprio salário, de seu vice e dos secretários.
O parecer da procuradoria jurídica da Câmara apontou que não se tratava de aumento de subsídios, mas sim de recomposição inflacionária prevista em uma lei sancionada em 2015 pelo então prefeito Alexandre Kireeff.
Diante disso, a Mesa Executiva optou por não formalizar a denúncia e arquivar a representação. Caso a Câmara tivesse aceitado o pedido, o prefeito poderia ser julgado e ter o mandato e os direitos políticos cassados.
Outras duas representações também foram arquivadas.
Uma contra o vereador Amauri Cardoso por quebra de decoro relativa a conduta agressiva no episódio da briga com o deputado Emerson Petriv, o Boca Aberta, em março deste ano na avenida JK.
A procuradoria entendeu que a conduta atribuída ao vereador não foi praticada em razão do exercício de suas funções como parlamentar e não se vincula, nem mesmo de forma indireta, ao exercício do seu mandato.
A outra representação era contra o vereador afastado Rony Alves. Ele foi acusado de coagir e ameaçar o empresário Junior Zampar, uma das testemunhas da operação ZR3, no estacionamento de uma agência bancaria. Rony chegou a ser preso e passou a virada do ano na cadeia.
Neste caso, a procuradoria entendeu que o pedido já havia sido feito pelo deputado Boca Aberta no início do ano e também foi arquivado, com a conclusão de que não houve conduta que pudesse enquadrar quebra de decoro.