A Comissão Especial do Provopar foi instalada na Câmara de Vereadores nesta sexta-feira, depois de uma reunião realizada na Sala da Presidência do Legislativo.Aprovada na sessão ordinária do dia 5 de junho, a Comissão Especial vai investigar possíveis irregularidades na prestação de contas dos convênios do Programa do Voluntariado Paranaense de Londrina com o Município.

De acordo com o vereador Vilson Bittencourt, presidente da Comissão, a Câmara vai solicitar, já nos próximos dias, uma série de documentos à Prefeitura e ao Provopar. O objetivo, segundo Bittencourt, é fazer um levantamento detalhado dos recursos recebidos e das atividades realizadas pelo Programa nos últimos dez anos. Para o vereador, o material deve traçar um panorama.

Além de Vilson Bittencourt como presidente, a Comissão é composta pelos vereadores Valdir dos Metalúrgicos, do Solidariedade, como relator e Tio Douglas, do PTB, como membro. Bittencourt diz que houve uma reunião entre os membros da Comissão, direção do Provopar e Prefeitura para discutir o assunto. O vereador diz que nesse encontro os dirigentes da entidade revelaram que a instituição passa por um momento de graves dificuldades financeiras.

O problema nos convênios veio a público no começo de maio, quando a Prefeitura divulgou as falhas na prestação de contas da entidade que, segundo o Executivo, vinham ocorrendo desde 2016 e continuaram ao longo de 2017. Um dos convênios é o do programa Viva Vida, que atende mais de 1.200 crianças e recebia R$ 327 mil mensais.

Outro é o do programa Economia Solidária, de geração de emprego e renda para cerca de 125 famílias, que recebia repasses da ordem de R$ 44 mil mensais.

O presidente da Comissão Especial afirma que, no caso do Viva Vida e do Economia Solidária, a Prefeitura assinou um TAC com o Provopar para que os dois programas continuem sendo conduzidos pela entidade, apesar dos problemas na prestação de contas. Os outros três convênios com a instituição foram municipalizados pela Prefeitura.

No total, segundo a Prefeitura, as despesas indevidas pagas pelos convênios somam mais de R$ 900 mil. Outra irregularidade detectada pela Controladoria do Município é que o Provopar deixou de depositar os valores repassados em uma conta poupança.