A Justiça Federal notificou a concessionária Econorte no final da tarde desta sexta-feira sobre a liminar que determinou a desativação da praça de pedágio de Jacarezinho, no norte pioneiro do Paraná. A decisão saiu na quinta, mas só começou a ser cumprida 24 horas depois, a partir da notificação da empresa. Além da abertura das cancelas de uma das praças, a liminar derrubou em quase 27% os valores praticados pelos outros pedágios da Econorte localizados na região de Londrina.

Em Jataizinho, por exemplo, que tinha o pedágio mais caro do estado, o valor caiu de R$ 22 para R$ 16. Em nota, a Econorte informou apenas que vai cumprir a determinação judicial, e que tomará todas as medidas legais e judiciais cabíveis para tentar reverter a decisão.

Para o deputado estadual Tercílio Turini, que acompanha a questão do pedágio há vários anos, a atuação da Justiça vai conseguir coibir certos exageros e, consequentemente, trazer preços mais justos aos motoristas.

A liminar da 1ª Vara Federal de Jacarezinho é um desdobramento da ação civil pública da Operação Integração I, que apura, desde fevereiro deste ano, um suposto esquema de corrupção que recebia propina pra formulação de aditivos às concessões de pedágio no Paraná. De acordo com as investigações, a organização criminosa, formada por agentes públicos e representantes das concessionárias, causou um prejuízo de mais de meio bilhão de reais aos cofres do Estado.

Por conta disso, a Justiça também pediu, na liminar, o bloqueio de bens da Econorte em R$ 1 bilhão. A decisão também determina que a concessionária retome o cronograma de obras firmado com o governo em 1997, o primeiro ano das concessões. A principal obra, de acordo com o despacho, é o Contorno Norte de Londrina, que, conforme a decisão, foi retirada de forma criminosa do programa de exploração rodoviária. A determinação foi comemorada pelo deputado londrinense.