SEGUNDA, 27/11/2017, 02:25

Centro de Direitos Humanos vai entrar com pedido de informações à Caixa sobre o Residencial Flores do Campo

O coordenador do órgão diz que é preciso investigar quem está por trás da invasão e que a Defensoria Pública fez o papel dela ao pedir o adiamento da desocupação.

O Centro de Direitos Humanos de Londrina vai protocolar junto à Caixa Econômica um pedido de informações sobre o Residencial Flores do Campo. Carlos Henrique Santana, coordenador do CDH, afirma que é preciso investigar, por exemplo, quem está por trás da invasão, iniciada em época de campanha eleitoral, e ainda o atraso na obra, entre outros pontos.

Para Santana, faltam muitas explicações sobre todo o processo e um exemplo disso é o novo prazo de 90 dias para a desocupação do residencial, determinado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre.

O planejamento da operação, segundo a PF, demorou cerca de um ano e envolvia mais de mil policiais de várias cidades. Só da Polícia Militar eram 750, além de homens das polícias Federal e Civil, e 200 agentes da Guarda Municipal. Mas, todo esse planejamento foi por água abaixo.

Na semana passada, o delegado chefe da Polícia Federal de Londrina, Nilson Antunes, se disse frustrado e triste com o adiamento da desocupação e criticou a Defensoria Pública da União por ter protocolado o recurso no Tribunal poucos dias antes da operação. O coordenador do Centro de Direitos Humanos afirma que a Defensoria tem atuação totalmente independente do estado e também não teria sido convidada para participar do planejamento da operação.

Santana acredita que a maioria das pessoas deve sair do Residencial antes mesmo da operação de reintegração de posse e defende que a solução para impasses como o do Flores do Campo passa por uma política habitacional efetiva, onde os recursos sejam bem utilizados e os prazos de entrega das obras cumprido.

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