Londrina escapou do decreto de emergência hídrica baixado pelo Governo do Estado nos últimos dias para a região metropolitana de Curitiba e o sudoeste paranaense. Depois do abril mais seco da história do Paraná, o governo resolveu agir por conta da redução nos níveis dos reservatórios autorizando os chamados rodízios de água nas regiões. Por meio da assessoria de imprensa, a Sanepar informou à CBN nesta quarta-feira (5) que a possibilidade de o decreto ser estendido para o norte do estado é remota no momento.

Segundo a agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), Heverly Morais, Londrina só conseguiu driblar o período turbulento por conta das chuvas do mês de março. No terceiro mês de 2021, choveu 253 milímetros na cidade, praticamente o dobro na comparação com os 137 milímetros da chamada média histórica para o período. Somada aos 322 milímetros que caíram sobre o município entre janeiro e fevereiro, a quantidade, na avaliação da especialista, foi suficiente para abastecer os mananciais da região e, pelo menos por enquanto, evitar a falta d'água.

A agrometeorologista alerta, no entanto, que a falta de distribuição das chuvas tem prejudicado e muito as lavouras e plantações da região.

Questionada sobre quando deve voltar a chover na cidade, Heverly disse que somente no mês de junho, com a chegada de uma massa de ar úmido ao estado. Ou seja, o Paraná deve passar pelo menos dois meses sem registros de precipitação.