QUINTA, 20/09/2018, 19:17

Cinco pessoas são presas pelo Gaeco por suspeita de fraude em licitações na prefeitura de Alvorada do Sul

Na lista, duas servidoras públicas, a secretária municipal de finanças e um empresário.

Cinco pessoas foram presas em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta quinta-feira. A operação apura possíveis fraudes em licitações da prefeitura de Alvorada do Sul. Segundo o Gaeco, o grupo se beneficiava de uma lei municipal, que permite a contratação apenas de empresas localizadas a menos de 50km da prefeitura. Se apoiando na legislação, o grupo fazia compras de materiais hospitalares de forma irregular e com valores acima da média de mercado, como destaca o promotor Jorge Barreto.

Entre os presos, duas funcionárias da prefeitura, a secretária municipal de finanças, Ana Paula Tessari Domingos e um empresário de Bela Vista do Paraíso. Durante o cumprimento dos mandados também foi preso o marido de uma das suspeitas, um agricultor Ezio Sebastião Santoro por posse de arma sem registro. O advogado dele não quis gravar entrevista. Disse apenas que a prisão não tem sentido e é afiançável.

O advogado do empresário disse que só vai falar depois que tiver acesso ao processo, mas defendeu que ele trabalha no ramo há muitos anos e que nunca se envolveu em nada ilícito. Foram cumpridos também 17 mandados de busca e apreensão em residências de Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso e em Londrina. Os policiais foram também em empresas e na prefeitura de Alvorada.

Foram nove meses de investigações. Ainda segundo o promotor, não se sabe se as funcionárias da prefeitura receberam propina em troca da articulação para contratar as três empresas. O valor de um suposto superfaturamento não foi identificado pelo Ministério Público (MP), mas os contratos assinados somam R$ 2,5 milhões. Conforme o MP, o empresário participa de licitações desde 2014 e firmou, pelo menos, 17 contratos com o município. 

A reportagem entrou em contato com o prefeito de Alvorada do Sul, Marcos Pinduca, para comentar os fatos, mas o celular dele estava desligado. As mulheres foram levadas ao 3º Distrito Policial de Londrina e o empresário à Penitenciária Estadual de Londrina (PEL).

Por Claudia Lima

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