Há apenas três dias na nova função na Promotoria da Saúde, Direitos Humanos, Habitação e Urbanismo, a promotora Susana de Lacerda diz que pretende, inicialmente, dar prosseguimento às ações que já estão em andamento. Com 23 anos de Ministério Público, a promotora passou por Umuarama, Guaíra e Foz do Iguaçu, entre outras cidades do estado. Chegou a Londrina há 15 anos e decidiu ficar. Suzana de Lacerda estava na promotoria que cuida dos casos de violência doméstica e contra a criança e o adolescente.

A promotora diz que apesar da mudança e do leque maior de temas, vai continuar com foco nos direitos humanos, seja na área da saúde, da habitação ou do Urbanismo e pretende somar ao trabalho que já vinha sendo desenvolvido por Paulo Tavares.

Suzana de Lacerda cita a organização da 24ª promotoria e diz que entre suas prioridades está a investigação das clínicas psiquiátricas, que no início do mês teve a denúncia aceita pela Justiça contra dois diretores das instituições e seis funcionários por diversas irregularidades.

Os gestores das duas instituições estão afastados dos cargos por ordem judicial. A ação criminal é resultado da Operação Hipócrates, deflagrada em fevereiro deste ano na Clínica Psiquiátrica de Londrina e na Villa Normanda. Com o recebimento da denúncia, os investigados passam a ser réus por crimes como falsidade ideológica, lesão corporal, maus-tratos, exercício ilegal de medicina, abandono de incapaz, estupro de vulnerável e desvio de recursos, além de organização criminosa.

A promotoria da Saúde, Direitos Humanos, Habitação e Urbanismo era ocupada, até poucas semanas atrás, pelo promotor Paulo Tavares, que deixou a cidade depois de 27 anos e tomou posse, no último dia nove, como procurador de Justiça do Ministério Público em Curitiba.