TERCA, 18/09/2018, 19:32

Com o fim dos trabalhos da Comissão Processante na Câmara, que absolveu Mário Takahashi e Rony Alves, Ministério Público se prepara para a fase de instrução do processo na justiça

Segundo coordenador do Gaeco, Ação Penal reuniu provas contundentes da participação dos 13 réus em 15 fatos criminosos.

Com a absolvição dos dois vereadores pela CP da Câmara, o processo político é coisa do passado. As atenções agora se voltam para a esfera criminal, onde Mário Takahashi e Rony Alves são reús na Ação Penal da Operação ZR 3, deflagrada em janeiro desse ano para apurar um esquema de corrupção para alterar o zoneamento de algumas áreas da cidade.

São 13 reús. Além dos dois vereadores também foram denunciados o ex-presidente do Conselho Municipal da Cidade, Cleuber Brito, e a ex-presidente do Ippul, Ignes Dequech.

A primeira audiência de instrução do processo está marcada para o dia 16 de outubro. Segundo o promotor, a acusação arrolou 13 testemunhas, boa parte delas já foi ouvida pelo MP e ratificou os fatos criminosos denunciados.

Depois das testemunhas de acusação, será a vez das 82 testemunhas indicadas pelas defesas dos 13 réus serem ouvidas. Segundo Jorge Barreto, foram apurados 15 fatos criminosos, alguns deles detectados após a deflagração da Operação, que apontam para a prática de três tipos de crimes: organização criminosa, corrupção ativa e passiva.

As investigações da ZR-3 começaram no início de 2017 e duraram todo o ano. O coordenador do Gaeco avalia que a denúncia é contundente. O Promotor diz que entre as muitas provas reunidas na ação estão algumas gravações autorizadas pela Justiça.

O caso está sob responsabilidade do juiz Délcio Miranda, da 2ª Vara Criminal de Londrina. Jorge Barreto acredita que o julgamento deve sair no primeiro semestre de 2019, mas esse prazo vai depender do tempo que durarem os depoimentos das testemunhas de defesa.

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