SEGUNDA, 03/07/2017, 18:52

Com recursos bloqueados pelo governo do Estado, Hospital Veterinário da UEL pode suspender atendimentos em dois meses se situação não for resolvida

Diretora da unidade diz que outro grande problema do hospital é a falta de funcionários.

O Hospital Universitário corre o risco de ficar sem dinheiro e continuar prestando atendimento. Segundo a diretora do hospital, Patrícia Mendes Pereira, até o momento a unidade vêm atendendo normalmente e a situação ainda está sob controle, porque conta dos estoques de medicamentos e outros insumos. Mas a realidade pode mudar, em um ou dois meses, se os repasses não voltarem a ser feitos. O problema começou depois do bloqueio de pouco mais de R$ 6 milhões de recursos próprios da UEL pelo governo do Estado, por conta da negativa da Universidade em aderir ao programa de gestão da folha de pagamentos do governo, o chamado Meta 4.

A diretora cita a falta de funcionários como o grande problema atual do hospital veterinário da UEL. A unidade atende cerca de 50 animais por dia e oferece consultas de clínica médica, obstetrícia, além da emergência. Patrícia Pereira afirma que onde seriam necessários 60 funcionários, há apenas a metade. E que as aposentadorias que estão por vir devem piorar a situação.

A diretora explica que, apesar do hospital ser público, sobrevive com o dinheiro que arrecada dos atendimentos e que toda a manutenção da unidade, desde as pequenas reformas até a compra de equipamentos e material hospitalar, é feita com esses recursos.

No ano passado, o Hospital Veterinário prestou 17.500 atendimentos.

Em nota, o governo do Paraná disse que há cerca de 15 dias foram liberados, por determinação do Governador Beto Richa, 200 mil reais. Até a última sexta-feira, 30 de junho, a administração do hospital empenhou apenas 80 mil reais. Restam, portanto, 120 mil. A nota ainda afirma que, do orçamento liberado para a UEL, o Hospital Universitário pode usar 450 mil reais. Sendo assim, não é verdadeira a informação de que o Hospital Veterinário pode suspender atividades por falta de verba do Governo do Paraná. 

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