QUINTA, 20/02/2020, 18:05

Comando da PM reitera que mortes em confrontos só acontecem porque suspeitos reagem à abordagem das equipes policiais

Polícia garante, ainda, que todos os casos, muitos deles questionados pelos parentes dos mortos, passam por uma rigorosa investigação interna.

Duas das onze mortes violentas registradas em Londrina nos últimos dias aconteceram em confrontos policiais. Na última sexta-feira, dois jovens foram baleados pela PM na estrada da Perobinha, na zona norte de Londrina, durante uma abordagem de rotina. Eles estavam no carro de um motorista de aplicativo e, segundo a polícia, teriam reagido depois que o condutor parou o veículo a pedido da equipe. Um dos rapazes morreu na hora. O outro foi encaminhado em estado grave para o hospital. A segunda morte aconteceu na noite de terça-feira, quando o motorista de um carro com placas clonadas, abordado pelo Choque na zona oeste de Londrina, teria atirado duas vezes contra os policiais. Os PMs reagiram e alvejaram o homem, que morreu no local.

O registro dos dois casos segue tendência registrada em Londrina desde o ano passado, quando 36 pessoas foram mortas em confrontos pela polícia. Um número significativo, que passou a ser questionado por familiares dos mortos nos últimos meses. No início deste mês, inclusive, alguns deles foram até a Câmara pedir apoio para uma apuração mais detalhada dos casos. Eles questionam os argumentos da polícia, de que os suspeitos só foram baleados e mortos porque reagiram às abordagens.

O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar em Londrina, major Nelson Villa, garante que todos os casos passam por uma rigorosa investigação interna, e reitera que os confrontos só acontecem porque os suspeitos, quando abordados, não se rendem e resolvem reagir.

Por Guilherme Batista

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