O crescimento de 2,2% entre janeiro e fevereiro, apontado pela Pesquisa Mensal do IBGE, não considera os setores da construção civil e de veículos, que têm impacto importante sobre os números. Quando considerados os dois segmentos, também houve aumento entre os dois meses, mas ele foi bem menor, apenas 0,9%.

Na comparação com fevereiro do ano passado, quando a pandemia ainda impactava com mais força a economia, os dados do IBGE apontaram um crescimento nas vendas de 0,7%.

O economista e consultor da ACIL, Marcos Rambalducci, diz que os números do comércio de Londrina devem ficar um pouco abaixo dos registrados no estado, que segundo ele não surpreenderam, principalmente, pela quantidade de postos de trabalho criados.

E entre os setores que puxaram as vendas de fevereiro para cima na comparação com o mesmo mês do ano passado, o de tecido, vestuários e calçados, com crescimento de quase 17% e o de artigos farmacêuticos, com pouco mais de 9%.

Já a construção civil, que vem sofrendo com os aumentos constantes das taxas de juros, passa por um momento de retração nas vendas e registrou uma queda de mais de 12% entre janeiro e fevereiro.

O setor de automóveis é outro que também não vive um bom momento e pelo mesmo motivo, o crédito mais caro, explica Rambalducci. Entre janeiro e fevereiro, a queda nas vendas do segmento foi de quase 5%.

O economista destaca o faturamento do comércio, em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, que teve um crescimento de mais de 13%, bem acima do percentual de aumento nas vendas. Segundo o economista, mais um reflexo da inflação em alta.

Nas revendas de carros e outros veículos, apesar da retração, o faturamento também aumentou, mais de 11% entre fevereiro desse ano e o mesmo mês de 2021.