Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Fecomércio e mostram que a atividade comercial paranaense teve redução média de pouco mais de 9% no primeiro mês da pandemia. Em março, início do isolamento social no estado, os únicos setores do varejo que tiveram crescimento nas vendas foram as farmácias, com quase 21,5%, os supermercados, com pouco mais de 16%, e, em menor medida, os postos de combustíveis, que tiveram um leve aumento no faturamento de quase 2,5%.

O diretor do Sistema Fecomercio, Rodrigo Rosalem, afirma que o resultado geral de março para o varejo paranaense poderia ser pior, não fossem os primeiros 20 dias em que o comércio ainda estava aberto na maioria dos municípios do estado.

Como já era esperado, os outros segmentos tiveram perdas no faturamento, explica Rodrigo Rosalem. Os setores que apresentaram as maiores quedas em março, em relação a fevereiro, foram os que comercializam bens considerados não essenciais, como vestuário, que teve queda de pouco mais de 43%, e de calçados, com quase 39%, além das livrarias e papelarias, lojas de departamentos e concessionárias de veículos.

O diretor do Fecomercio afirma que os dados revelam uma preocupação inicial do consumidor em cortar despesas desnecessárias, por conta das incertezas, e também pela dificuldade em comprar os produtos, já que boa parte das lojas estava fechada e as vendas online ainda não ocorriam em grande volume.

Nas seis regiões pesquisadas pela Fecomércio, apenas em Ponta Grossa houve crescimento nas vendas em março na comparação com fevereiro, de 1,82%.  A menor redução no faturamento foi registrada em Curitiba e na Região Metropolitana: quase 3,5%.

Londrina ficou no meio da tabela, com o comércio registrando uma retração de quase 9%, próxima à média do estado. Já a região Oeste foi a que registrou mais perdas em março, no início do isolamento, com queda de quase 25% no faturamento do varejo, resultado do mês de fevereiro acima da média.

O levantamento da Fecomercio mostra ainda que no acumulado de janeiro a março, apenas Curitiba e Região Metropolitana mantiveram as vendas no positivo, com pequena alta de pouco mais de 0,5%, fruto do bom desempenho dos dois primeiros meses do ano.

Nas outras regiões, só perdas. Ponta Grossa teve queda de mais de 4% no acumulado do ano, seguida por Londrina com quase 5%, a região Sudoeste, com quase 6% de redução, a Região Oeste, com 7,5% e Maringá com mais de 10% de queda nas vendas do comércio.