A Comissão Processante aberta na Câmara Municipal de Rolândia pra investigar o prefeito afastado Luiz Francisconi emitiu uma notificação nesta quinta-feira para informar à Justiça sobre o sumiço do acusado. A CP está tentando ouvir Francisconi desde a semana passada, mas não consegue sequer notificá-lo. De acordo com a comissão, o prefeito estaria fora da cidade há mais de oito dias e, por isso, teria desobedecido uma das medidas cautelares estabelecidas em ação criminal já apresentada contra ele pelo Ministério Público.

O descumprimento poderia gerar a prisão preventiva de Francisconi, como destacou o presidente da CP, vereador Irineu de Paula, do PSDB.

Por meio de sua defesa, o prefeito afastado informou que faltou ao depoimento porque está viajando com a família. O advogado também destaca que, apesar de ausente, Francisconi não estaria desobedecendo nenhuma medida cautelar. Ele garante, ainda, que o investigado prestará os esclarecimentos devidos à Comissão Processante até o final do mês. O presidente da CP afirma que o grupo está de plantão, esperando pela notificação de Francisconi por parte de um oficial de Justiça. Assim que isso acontecer, conforme o vereador, a data do depoimento vai ser agendada para o dia seguinte, como prevê a legislação.

Luiz Francisconi é investigado na Operação Patrocínio, do Ministério Público, acusado de receber pelo menos R$ 150 mil em propina para favorecer uma empresa no processo de licitação do aluguel de um barracão que pertencia ao antigo IBC, o Instituto Brasileiro do Café. Além dele, dois ex-secretários municipais e empresários também são investigados.