Em outubro de 2018 Londrina tinha 3.029 mulheres vítimas de violência com medidas protetivas. Número, que, à época, já era considerado pela juíza Zilda Romero, titular da Vara Maria da Penha, como alarmante. Em pouco mais de um ano, já são mais de 3.700. Um aumento que passa dos 20%. A Secretaria de Políticas para as Mulheres não divulga a quantidade de aparelhos que serão distribuídos aqui na cidade, por uma questão de segurança, mas, uma coisa é certa, apenas parte das 3.700 londrinenses com medida protetiva vai receber o equipamento. Essa definição ficará a cargo da Vara Maria da Penha.

Com a assinatura do contrato a empresa vencedora da licitação tem até 30 dias, a partir da ordem de serviço, para disponibilizar o botão do pânico. No ano passado, a pasta chegou a fechar com um fornecedor do equipamento, com dispensa de licitação, por ser supostamente o único a operar o serviço no país. Mas, foi advertida pela Secretaria de Gestão Pública e pela Procuradoria do Município, sobre a existência da outras empresas que trabalhavam com aparelhos similares.

Segundo a secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Nádia Moura, todo o pessoal da pasta, da Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal e da Vara vão ser capacitados pelo pessoal da empresa para operar o equipamento. A secretária afirma que a expectativa é de que o treinamento ocorra em fevereiro e os botões do pânico sejam entregues até o fim de março.

Nádia Moura afirma que o atendimento dos chamados hoje pela Guarda, demora, em média, entre quatro a cinco minutos e que com o botão do pânico a expectativa é de que ele seja reduzido.

O valor do contrato do Botão do Pânico, válido por 12 meses, é de R$ 93 mil e já inclui o uso dos softwares necessários para conectar as usuárias do equipamento à patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal.