QUINTA, 19/09/2019, 19:37

Crise na produção reduz estoques da vacina anti-rábica para humanos em Londrina

Quantidade de doses enviadas mensalmente pelo Ministério da Saúde caiu de mil para apenas 100 e Município decide centralizar vacinação e priorizar alguns casos.

A redução nos estoques é causada por um problema mundial na produção da vacina anti-rábica para humanos. Sem receber a mesma quantidade do produto, o Ministério da Saúde foi obrigado a diminuir o número de doses da vacina para as Secretarias Municipais.

Por ser considerada área livre da doença, o Paraná já não tem mais campanha de vacinação contra a raiva animal. A rede pública também não disponibiliza mais a vacina nos postos de saúde. O que existe é apenas um estoque emergencial para um possível surto localizado da doença.

Mas, no caso da raiva em humanos a vacinação é feita de forma preventiva, para alguns profissionais que se expõem com freqüência a possíveis vetores da doença, como carteiros e veterinários, e para a chamada pós-exposição, para quem já foi mordido, por exemplo, por um cão de procedência desconhecida.

O secretário Municipal de Saúde, Felipe Machado, diz que por conta da redução da quantidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde, de mil para apenas 100, a vacina vem sendo aplicada apenas em alguns casos de pós-exposição.

O secretário afirma ainda que em função da redução no volume repassado pelo Ministério e pela rapidez com que se deteriora, a vacina contra raiva está sendo aplicada em apenas quatro unidades de saúde: da Vila Nova, do jardim Ouro Branco e Carnascialli, além do jardim Leonor.

A raiva é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus e que atinge os mamíferos, inclusive o homem, e tem como características uma inflamação progressiva e aguda no cérebro. A raiva apresenta praticamente 100% de mortalidade e, segundo a Organização Mundial da Saúde, em mais de 95% dos casos humanos a transmissão ocorre por cães infectados.

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