As reações contrárias de uma série de instituições de ensino superior, de especialistas da área e dos próprios estudantes, parecem ter convencido o Governo Federal da necessidade de adiar as provas do ENEM. O exame impresso, por exemplo, estava agendado para os dias 1º e oito de novembro. No caso do exame digital, uma novidade desse ano, as provas seriam realizadas nos dias 22 e 29.

De acordo com a coordenadora da Cops, a Coordenadoria de Processos Seletivos da UEL, professora Sandra Garcia, o adiamento do ENEM já era previsto, por conta das inúmeras reações contrárias à manutenção da data do exame para novembro.

No início da semana, a Coordenadoria de Processos Seletivos já tinha divulgado uma proposta de mudança no vestibular, por conta da pandemia. A ideia é fazer o processo seletivo em um único dia e com provas somente em Londrina, e não mais em Curitiba e Cascavel, como no último concurso. A proposta da Cops ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Segundo a coordenadora de Processos Seletivos da UEL, há duas possibilidades de datas para o vestibular.

Sandra Garcia diz que a proposta está sendo finalizada e deve ser encaminhada ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEL no início de junho. A coordenadora da Cops acredita que até a reunião do Conselho as datas do ENEM devem estar definidas pelo Ministério da Educação.

Sandra Garcia diz que, além do Exame Nacional do Ensino Médio, há outros aspectos que, em função da pandemia, precisam ser levados em conta, como outros vestibulares e as eleições, que tem previsão de segundo turno para 25 de outubro.

No ano passado o vestibular da UEL teve mais de 22,5 mil inscritos, de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. As provas da 1ª fase foram realizadas no dia 20 de outubro e nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro as da 2ª fase.