QUARTA, 25/09/2019, 19:29

Defesa do prefeito de Rolândia afirma que representação feita à Câmara é frágil e tem inclusive trechos copiados de ação do Ministério Público

Advogado diz ainda que denúncia só foi protocolada por que prefeito não cedeu a chantagens de um grupo de vereadores.

O prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi Neto, entregou sua defesa previa por escrito à Comissão Processante na tarde de segunda-feira. Com os cinco dias de prazo que tem, o relator adiantou que só vai apresentar o parecer na próxima segunda-feira e que pretende se concentrar apenas nos fatos apontados na representação.

A CP foi instalada por conta de uma investigação do Ministério Público que acusa o prefeito de irregularidades na contratação de empresas da área da saúde e pagamentos indevidos à mulher dele, médica concursada do Município.

De acordo com o advogado Lucas Zanotti, a defesa prévia de Francisconi encaminhada à Comissão se baseou principalmente em dois pontos. O primeiro deles é desqualificar a denúncia de que haveria irregularidades na contratação da esposa do prefeito. De acordo com o advogado, outro aspecto destacado na defesa prévia é a fragilidade da denúncia, que segundo o advogado tem inclusive trechos copiados da Ação do Ministério Público.

A instalação dessa segunda CP enfrentada por Francisconi foi carregada de muita polêmica, com o prefeito afirmando que teria sido vítima de chantagem de alguns vereadores.

Lucas Zanotti acredita que as denúncias feitas por Francisconi contra um grupo de vereadores em uma entrevista coletiva deve ter repercussões nos trabalhos da  Comissão Processante.

Como é autor da denúncia, o vereador Rodrigão não pode participar da votação. A reportagem da CBN Londrina não conseguiu contato com o parlamentar.

A Comissão 90 dias para encerrar os trabalhos e a sessão de julgamento do prefeito Luiz Francisconi deve ser realizada na primeira quinzena de dezembro.

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