O aporte de R$ 120 milhões na Sercomtel foi oficializado em dezembro do ano passado, após uma série de estudos e avaliações feitas pela empresa, e estava condicionado a mais de uma dezena de pontos. Mas, segundo Heber Wedemann, um dos sócios da Dez de Dezembro, acionista minoritária da estatal, três desses itens não foram cumpridos durante o processo de negociação.

Heber Wedemann diz que são questões extremamente técnicas, mas destaca como um dos principais pontos de discordância nas negociações, as divergências em relação aos passivos e ao chamado valor justo de mercado da operadora.

Até a oferta de aporte, feita em dezembro do ano passado, foram alguns meses de avaliação da situação da operadora e de preparação da proposta. Além de reuniões técnicas e audiências públicas na Câmara de Vereadores.

Heber Wedemann afirma que a retirada não se trata de uma estratégia da empresa e lamenta a saída da Dez de Dezembro do processo, mas diz torcer para o sucesso da Sercomtel e que vai seguir acompanhando o processo.

O sócio da Dez de Dezembro afirma ainda que não está descartada a participação da empresa no leilão da Sercomtel na Bolsa de Valores, mas diz que isso vai depender das condições em que a hasta vai ser realizada.

Em entrevista à CBN Londrina, o presidente da estatal de telefonia, Cláudio Tedeschi, afirmou que a desistência da Dez de Dezembro não é uma surpresa e que ainda não recebeu o comunicado oficial da empresa. Tedeschi avaliou que a retirada da proposta não vai atrasar em nada a venda da Sercomtel na Bolsa de Valores.