O caso ocorreu em outubro do ano passado e levou a Secretaria Estadual de Educação a abrir uma sindicância administrativa. A professora e o diretor do colégio foram afastados das funções por 30 dias. A exposição sobre suicídio e aborto foi realizada na Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes, em Cambé. Na época, o caso teve grande repercussão nas redes sociais e chegou a ser veiculado na mídia nacional.

O advogado Giovanne Schiavon, que fez a defesa administrativa dos dois servidores públicos, diz que a justiça foi feita. O advogado afirma ainda que o fato causou um grande prejuízo aos dois profissionais e foi mais um exemplo de fakenews e denuncismo típicos da internet.

A exposição, realizada no refeitório da escola, tinha bonecas enforcadas e outras amarradas de ponta cabeça, além de objetos relacionados ao aborto e uma bíblia rasgada. A mostra foi uma atividade curricular dos alunos do 3º ano do ensino médio e tinha como objetivo trazer a discussão dos dois temas entre os estudantes.

O advogado explica que, na defesa dos profissionais, argumentou que a atividade era parte de um processo pedagógico de desenvolvimento do senso crítico dos alunos, sem tomar qualquer partido em relação aos dois assuntos abordados.

Giovanne Schiavon diz ainda que os dois servidores ficaram satisfeitos com a absolvição, mas até hoje não entendem como uma atividade que tinha objetivos pedagógicos acabou tendo tanta repercussão negativa.