A cotação do dólar, que começou a semana acima dos R$ 4,72, já impacta as exportações e importações de empresas e indústrias locais, interferindo diretamente em várias cadeias produtivas. O presidente do Sindimetal (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Paraná) Marcus Gimenes destaca que os empresários já começaram a sentir os reflexos da alta da moeda americana.

E um custo puxa o outro. A indústria automobilística já teve um acréscimo no custo de R$ 8 bilhões. E isso reflete nas demais indústrias, por exemplo. Os contratos de compra de máquinas e equipamentos para produção no Brasil são em dólar. Ou seja, só este ano, essa aquisição ficou 15% mais cara.

O empresário Ary Sudan, diretor da Rondopar e Tamarana Metais afirma que o aumento do dólar não é bom pra ninguém, nem para quem exporta, nem para quem importa. Ele destaca que, quem exporta pode até ficar mais satisfeito agora, mas a instabilidade da moeda traz prejuízos no futuro. Já para a importação, o custo fica mais alto e também impacta na gestão financeira da empresa, que repassa o preço para o consumidor.

As exportações subiram mais de 15% nesse período de dólar alto. Mas, ele defende que não é motivo de comemoração, porque essa condição é muito volátil e daqui a pouco, ele volta a cair.