SEGUNDA, 25/09/2017, 19:17

Dono de fazenda afirma que índios Kaingàng deixaram sede da fazenda, como ficou acertado com a justiça

Segundo Eucler Ferreira, apesar de terem deixado a sede, os índios teriam construído barracos em uma área diferente da combinada e alguns materiais da propriedade também teriam desaparecido.

A Audiência de Conciliação na justiça federal de Londrina foi realizada na última sexta-feira. Ficou acertado que, na segunda-feira, os Kaingàng deixariam a sede da fazenda Tamarana e iriam para uma outra área da propriedade, de cerca de 70 alqueires. Pelo combinado na 3ª Vara Federal, os índios vão poder ficar nesse local por 90 dias, até que seja feita uma nova medição da reserva. O proprietário da fazenda Tamarana, Eucler Ferreira, diz que parte do acordo foi cumprido. Os Kaingàng deixaram a  sede no prazo, mas construíram barracas em áreas diferentes da acertada. Segundo ele, alguns materiais da propriedade, como, telhas, lonas e ferramentas não foram encontradas.

De acordo com Eucler Ferreira, o cacique da tribo Kaingàng, Natalino Marcolino, foi comunicado do problema.

A audiência de Conciliação na justiça federal durou mais de quatro horas e teve a participação de representantes da FUNAI, do Ministério Público, da Advocacia Geral da União, Governo do Estado, além do cacique da tribo e do dono da fazenda. 

Eucler Ferreira, diz que cedeu a área de 70 alqueires em busca de uma solução pacífica para o impasse e disse esperar que os Kaingàng cumpram o acordado na Audiência. 

Os Kaingáng dizem que houve um erro na demarcação das terras da reserva indígena e que teriam perdido mais de 600 hectares. Tentamos contato com o cacique da tribo Kaingàng, Natalino Marcolino, mas até o fechamento da reportagem ele não retornou nossas ligações.

Comentários