SEGUNDA, 31/07/2017, 20:31

E acabou o prazo para sacar o dinheiro das contas inativas do FGTS

Ontem foi dia de agências da Caixa cheias. Foram pagos R$ 43 bilhões, quase 99% do total previsto inicialmente pelo banco.

O último dia de saque das contas inativas do FGTS foi de agências da Caixa cheias. Na Avenida Tiradentes, tinha fila nos caixas, nos terminais de auto atendimento. O entra e sai foi grande durante toda a segunda-feira. O vendedor Arlindo Mota nasceu no mês de abril e tinha direito a sacar o dinheiro já há um bom tempo, mas teve que deixar pro último dia por que não tinha o número do PIS.

Já o enfermeiro Wiliam Torres conta precisou ir à Caixa quatro vezes pra tentar sacar o dinheiro. E pra ajudar, segundo ele, o sistema de informática da Caixa ainda teve uma queda no meio da tarde.

A dona Orseni Aparecida é operadora de Caixa e desde que começou o período de saque dela, tenta resolver um problema. Ela diz ter certeza de que tem saldo do FGTS em uma conta inativa e que ia esperar o sistema voltar pra ser atendida e solucionar a questão.

O autônomo Alcides Ferreira, de 63 anos, é de agosto, poderia ter sacado antes, mas também deixou pra última hora, e só veio mesmo porque a esposa insistiu.

A Caixa ainda não fechou o balanço dos saques, mas o último número divulgado, em 20 de julho, mostra que já tinham sido sacados das contas inativas do FGTS R$ 43 bilhões, quase 99% do total disponível. No Paraná foram pagos pouco mais de R$ 3 bilhões a cerca de 2 milhões de pessoas. O Superintendente Regional da Caixa, Wlademir Roberto dos Santos, avalia que, considerando-se o tamanho dos pagamentos realizados, todo o processo correu bem e as filas do último dia tiveram causas distintas.

Restam apenas R$ 600 milhões, que só poderão ser sacados a partir de agora em duas situações, em caso de doença que impediu a locomoção da pessoa e para os presos do regime fechado. A decisão foi publicada em um Decreto e permite os saques até 31 de dezembro do ano que vem. Segundo o Superintendente da Caixa, a decisão beneficia apenas quem ficou doente no período de 10 a 31 de julho e é preciso comprovar com documentos a doença.

A previsão inicial da Caixa, de que seriam sacados cerca de R$ 35 bilhões das contas inativas, foi superada em R$ 8 bilhões.

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