SEGUNDA, 28/09/2020, 08:56

Em live, prefeito diz que ‘Lei Seca’ ajudou a reduzir em quase 30% taxa de ocupação de leitos e defende tratamento precoce contra a Covid-19

Apesar disso, Marcelo Belinati afirma que remédios, como a hidroxicloroquina, só podem ser utilizados mediante receita médica

Totalmente recuperado do coronavírus, o prefeito Marcelo Belinati realizou, na noite deste domingo, uma live nas redes sociais para atualizar os números da doença em Londrina. Ao lado do secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, o chefe do Executivo voltou a ressaltar a importância da chamada “Lei Seca” para conter o avanço da Covid-19. Por duas semanas, a prefeitura proibiu bares de funcionar e também impediu o consumo presencial de bebida alcoólica nos demais estabelecimentos. Segundo o prefeito, o período de restrições mais duras foi essencial para reduzir consideravelmente a taxa de ocupação de leitos exclusivos para pacientes Covid. Antes da “Lei Seca”, conforme Belinati e o secretário de saúde, a taxa de ocupação das vagas de UTI chegou a beirar os 90%, sendo que agora, de acordo com eles, ela se mantém abaixo dos 60%. Em relação aos leitos de enfermaria, a queda também foi grande, de mais de 40% para apenas 29% neste domingo, assim como o número de atendimentos realizados na UPA do jardim Sabará e pelo Samu.

Apesar do cenário aparentemente mais favorável, o prefeito voltou a pedir para que a população faça a parte dela, acrescentando que os parques e as praças continuam fechados, assim como as escolas públicas e privadas, que, segundo ele, devem seguir com as aulas suspensas durante o mês de outubro. Ele disse entender o lado dos donos das instituições particulares, que chegaram a realizar um protesto em Londrina no sábado, mas, apesar disso, pediu paciência a eles.

Outra manifestação comentada pelo prefeito foi a realizada na última semana a favor do chamado tratamento precoce do coronavírus com remédios como a hidroxicloroquina. Vale lembrar que esse tratamento é contestado pelas principais autoridades da área da saúde ao redor do mundo, que garantem que não há comprovação científica de que esses medicamentos são realmente eficazes contra a doença. Marcelo Belinati mostrou uma tabela comprovando que os tais remédios fazem parte dos estoques da Secretaria Municipal de Saúde, mas destacou que a distribuição deles aos pacientes depende de receita médica. Apesar de toda a incerteza relacionada à possibilidade de tratamento, o prefeito disse que, pessoalmente, é a favor dele.

Por Guilherme Batista

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