TERCA, 30/03/2021, 17:56

Em todo estado, região de Londrina registrou maior crescimento do comércio varejista em janeiro

Mesmo com volume de vendas igualando a patamar anterior à pandemia, saldo de empregos no setor ficou negativo em início de ano.

De acordo com o levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), a atividade comercial no estado apresentou resultados significativos. Em comparação ao mesmo mês de 2020, os níveis de venda seguiram praticamente os mesmos, com uma leve redução de 0,38%.

Os dados, no entanto, foram registrados antes do novo agravamento da pandemia no Paraná, que provocou a adoção de medidas mais rígidas, como o fechamento do comércio, para conter o avanço do vírus.

Entre as regiões do estado que participaram da sondagem, Londrina foi a que teve o melhor desempenho no primeiro mês do ano, com alta de quase 5% no faturamento do comércio. Em seguida, a cidade de Ponta Grossa também apresentou elevação de 2,1%. Por outro lado, o índice para o comércio de Maringá despencou 11,35%. As regiões Oeste e Sudoeste também registraram prejuízos em janeiro.

Apesar dos indicadores positivos, os números não representam um cenário de otimismo para todos os setores. Alguns segmentos foram mais afetados pela pandemia, enquanto outras áreas tiveram crescimentos expressivos, como é o caso do ramo farmacêutico, que teve o maior aumento de volume de vendas, quase 15%.

Segundo Rodrigo Schimidt, assessor da Fecomércio PR, a queda de consumo em setores como de livrarias, vestuário e calçados é influenciada por mudanças no comportamento do consumidor causadas pela pandemia.

No entanto, mesmo com os índices promissores para janeiro, em relação a dezembro de 2020, o estado apresentou uma redução nas vendas de quase 20%. De acordo com a entidade, as quedas são esperadas, por conta da grande atividade comercial que se concentra no último mês do ano.

A pesquisa mostra também que a recuperação no volume de vendas não se refletiu na geração de novos empregos para o comércio, que registrou percentuais negativos em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

Os mesmos segmentos que apresentaram os menores volumes de venda registraram as maiores quedas na empregabilidade. Schimidt destaca, porém, que os gastos com folha de pagamento tiveram um leve aumento, em relação a dezembro, por conta de reajustes salariais.

O levantamento aponta ainda que, no primeiro mês do ano, lojistas buscaram formar estoques para os estabelecimentos, com crescimento de 2,62%. O indicador considera uma perspectiva de otimismo pelos empresários. Os dados, porém, são referentes a um período anterior ao agravamento da pandemia no estado. Os setores de materiais de construções e móveis, decorações e utilidades domésticas foram os que mais compraram mercadorias.

Comentários