QUARTA, 10/11/2021, 18:51

Em três meses, Cambé, Ibiporã e Rolândia somam mais de 1.200 notificações por dengue

Em Londrina, já são mais de 1.700 casos suspeitos. Número de positivados ainda é baixo na região, mas autoridades garantem que cuidados contra os criadouros do mosquito Aedes aegypti não podem parar.

Diante dos riscos trazidos pela pandemia de coronavírus nos últimos vinte meses, os cuidados contra a dengue perderam um pouco de força entre a população. Apesar disso, a doença perigosa, responsável por matar centenas de pessoas na região de Londrina nos últimos anos, segue assombrando o paranaense, principalmente nesta época do ano, que é marcada, normalmente, pela ocorrência de chuvas e altas temperaturas. Os criadouros do mosquito Aedes aegypti se proliferam em recipientes com água parada, que, apesar de todo o alerta feito pelas autoridades sanitárias, continuam sendo esquecidos nos quintais das casas e terrenos baldios.

E os números registrados no estado desde agosto, quando teve início o atual ciclo epidemiológico da doença, ajudam a comprovar que o vírus continua fazendo vítimas. Em três meses, o Paraná confirmou 361 casos de dengue, 70 deles em Londrina e região.

Mas o que preocupa mesmo são os casos suspeitos. Somente em Londrina, já são mais de 1.700. Cambé, Ibiporã e Rolândia dividem outras 1.200 notificações da doença, sendo que a primeira cidade já tem dez casos confirmados, a segunda, nove positivados, e a terceira oito casos de dengue desde agosto.

O número de notificações tem crescido de forma acentuada nas últimas semanas. O alerta para uma possível epidemia da doença em 2022 já está aceso.

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que, apesar de os números ainda estarem sob controle no Paraná, os cuidados contra o mosquito Aedes aegypti não podem parar.

Em Cambé, os agentes de endemias continuam percorrendo os bairros com os maiores índices de infestação do Aedes com o objetivo de orientar a população a eliminar os focos. As equipes também têm feito mutirões de limpeza nos locais mais problemáticos. O prefeito Conrado Scheller destacou, entretanto, que a população também precisa participar ativamente das ações de combate à dengue.

Por Guilherme Batista

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