SEGUNDA, 25/10/2021, 18:42

Em um ano, confiança do empresário industrial caiu 10% no Paraná

Atualmente, segundo pesquisa da Fiep, menos de 60% deles dizem estar confiantes com o momento atual da economia. Para especialista, setor tem optado por adotar a cautela diante das dificuldades impostas pela alta do dólar e a escassez de diversos insumos no mercado.

Uma pesquisa divulgada recentemente pela Fiep, a Federação das Indústrias do Paraná, mostrou que o setor tem olhado com certa desconfiança para o atual momento da economia. Conforme o levantamento, o chamado Índice de Confiança do Empresário Industrial, que é medido mensalmente pela federação, deve fechar o mês de outubro em 58,4%. Ou seja, a cada dez empresários procurados, menos de seis afirmam estar confiantes com o atual cenário. O índice é 10% menor na comparação com os 68,4% pesquisados em outubro do ano passado. Apesar da queda expressiva, o resultado ainda mostra otimismo, uma vez que segue acima dos 50 pontos numa escala que vai até 100. É o segundo mês seguido de redução depois de oscilações no início do ano e de cinco altas consecutivas entre abril e agosto. Em setembro, o valor superou os 60 pontos.

O economista da Fiep, Marcelo Alves, explicou que o índice de confiança é composto pelo indicador de condições, que analisa os últimos seis meses, e o de expectativas, que faz a mesma avaliação, mas para o futuro.

Na avaliação dele, mais do que preocupado, o empresário se mostra cauteloso com o atual momento da economia.

De acordo com ele, toda essa cautela pode ser explicada com uma série de desafios que o empresário tem enfrentado no país já há alguns meses, entre elas a inflação em alta, o dólar supervalorizado, a instabilidade política e também a escassez de diversos insumos utilizados pelo setor no mercado. No mês passado, segundo sondagem feita pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), por exemplo, 85% dos empresários responderam ter percebido aumento acentuado no preço da chamada matéria-prima para produção. Ainda segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados disseram que a margem de lucro operacional de suas empresas está ruim ou muito ruim.

Por Guilherme Batista

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